Introdução


Quando se fala em escola a primeira coisa que vem à mente são prédios relativamente grandes, com mesas e cadeiras enfileiradas. E como objetivo dela, acredita-se que ela exista para formar profissionais. Esses dois aspectos retratam o que é a escola hoje, mas são apenas fragmentos dela.

Quando analisamos a educação contemporânea percebemos que não mudou muita coisa desde a época em que ocorreram as várias revoluções, em especial a Francesa, que transformaram a educação. A forma em que o ensino escolar ocorre nos dias de hoje tem muita semelhança ao de outra época, ou seja, a sala de aula, o professor, alinhamento das carteiras, as avaliações praticamente são da forma de outrora. Não que tais meios sejam ineficientes, porém o mundo mudou e trouxe com ele grandes inovações.

A transformação da escola possibilitou que toda a sociedade tivesse acesso à educação, mas infelizmente o aprendizado, a reflexão e a interação ainda não alcançaram esse patamar.

Esse projeto integrador está sendo desenvolvido em meio a um contexto que nós, como sociedade, nunca vivemos e nunca imaginamos que viveríamos. Em face de uma pandemia e da necessidade de ficar em casa o máximo possível, as escolas estão fechadas e tentando se adaptar às aulas e atividades totalmente remotas, sem a presença do professor no mesmo espaço físico e com salas de aulas em formatos ainda mais diversos do que conhecemos.

A escola já teve vários formatos, no princípio eram preceptores contratados por famílias de maiores poder e prestígio e seu objetivo era o aprendizado prático aliado ao ócio produtivo, ou seja, um momento para interação e reflexão. Com o tempo foram se criando salas, o preceptor virou professor e a escola ganhou o formato que conhecemos.

As mídias e as inovações tecnológicas são a nova realidade, e tais ferramentas podem e devem ser utilizadas como aliadas na educação. Nesse sentido podendo até mesmo ampliar a sala de aula, levando a mesma ao seio familiar.

Além dos problemas no desenvolvimento do ensino, os pais pouco participam da vida escolar de seus filhos e os estudantes acreditam que os saberes da escola pouco afetam sua vida pessoal e não derivam prazer em aprendê-los dificultando a absorção desse conhecimento.

Esta é uma ótima oportunidade para colocar em prática o que aprendemos com Paulo Freire que dava ênfase à independência, autonomia e construção de conhecimento pelo educando, “... ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua própria produção ou sua construção.” (FREIRE, 1996, p. 52)

E é nesse sentido que ela pode vir auxiliar no homeschooling, ou seja, ensino doméstico, na qual o aluno é auxiliado por um familiar ou pessoa do seu convívio. Tal discussão vem à tona no Brasil no momento da ressente quarentena imposta pelo mal causado por vírus CoVid-19. Situação essa que deixou muitos responsáveis perdidos no tocante à como educar seus filhos visto que coube a eles a função de "professor". Ora, ocorre que muitas vezes cria-se uma grande dificuldade visto que os mesmos não sabem o que ensinar ou como ensinar, não tem uma didática ou se perdem nos métodos.

Apesar de ser um cenário totalmente novo, mais do que nunca a tecnologia está sendo uma aliada para que o processo de aprendizagem continue a acontecer e as escolas não deixem suas atividades interrompidas de vez.

Um dos grandes desafios nesse momento é o papel que os pais e a família exercem na formação formal dos alunos, segundo Casarin (2007, p.23)  “a família tem um papel central no desenvolvimento da criança, pois nela se realizam as aprendizagens básicas para o desenvolvimento escolar”, como estes estão estudando em casa, a família está muito mais próxima e presente no dia a dia escolar, muitas vezes auxiliando em conteúdos que não dominam como um professor.

Além disso, a família pode se sentir insegura quanto a como auxiliar de maneira efetiva e que métodos utilizar para auxiliar o processo de estudo e aprendizagem dos conteúdos.

Esse projeto pretende apresentar caminhos para esse contexto no âmbito do estudo da matemática. Fazendo uso de recursos tecnológicos e da internet, propõe-se a utilização de recursos lúdicos para que o aluno aprenda em colaboração com a família. Dessa forma, pretende-se atrair o interesse dos alunos em uma matéria que é amada por muitos, porém um grande desafio para outros, e também auxiliar a própria família nesse processo, já que o formato do conteúdo escolar muitas vezes não é comum no dia a dia e pode ser um grande desafio para eles também.

Nesse sentido o presente trabalho focou em buscar formas de auxiliar os familiares no ensino domiciliar, em especial focado na matemática, trazendo a proposta dos jogos lúdicos.


Um comentário:

  1. To passada!!!! Tá muito legal esse site,até eu fiquei com vontade de aprender matemática!!!!

    ResponderExcluir